Você sabe por que algumas músicas são boas para a maioria das pessoas? E por que algumas músicas nos fazem chorar ou sorrir? Tudo isso se resume a uma pergunta: QUE SOM TE TOCA?

por Gustavo Vidal

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Nos últimos dias me peguei pensando, sobre qual som me toca e cheguei a uma conclusão: O que me toca são músicas boas. Mas será que o som que me toca, o som que me preenche com aquela sensação boa, é o mesmo som que toca você? Meu estilo musical preferido pode não ser o mesmo estilo preferido que o seu e está tudo bem nisso, afinal somos pessoas diferentes, que podem em algum momento ter gostos musicais ligeiramente parecidos, porém o mais comum é que as pessoas se sintam tocadas por sons diferentes entre si.

Antes de mais nada, é legal levar em consideração que a história do ser humano com a música é muito mais antiga que a relação com qualquer palavra dita ou escrita, e assim os sons que duas madeiras faziam ao se chocar já tinham o mesmo significado que a expressão “hoje vai chover”, por exemplo. Ou seja, a música antes de qualquer coisa é uma forma de se comunicar, e isso não é dito apenas através das palavras que uma letra tem, por isso algumas músicas têm o poder de nos fazer chorar, de nos fazer dançar, de nos fazer explodir de alegria, dentre vários outros sentimentos e significados que elas podem carregar até mesmo em relação a arranjos e instrumentação.

Existem diversas pesquisas científicas que documentam a forte influência que a música tem sobre o nosso bem-estar físico, psicológico e espiritual. Principalmente porque na maioria das ocasiões onde há reuniões de pessoas, seja na em um casamento ou em um estádio de futebol estamos rodeados por músicas e sons que de alguma maneira nos fazem sentir alguma coisa, seja parte de uma torcida extasiada com seu time, seja alguém emotivo pela entrada na noiva de branco na igreja, qualquer que seja nossa origem, costumes e afins, a música exerce um papel importante em todos os aspectos da nossa vida.

De acordo com o livro Sua Playlist pode mudar sua vida, graças aos vários avanços das tecnologias de neuroimagem, atualmente sabemos que a música afeta todas as partes do cérebro e tem potencial de exercer uma forte influência nos sistemas de controle. Como tais sistemas regulam muitos processos de pensamentos e ações intencionais, a música tem poder para influenciar as percepções, emoções, memória e, por fim, o nosso comportamento.

Essas alterações no nosso estado, são o que fazem algumas músicas serem consideradas boas pela maioria absoluta das pessoas, e assim, tocarem outras para serem consideradas boas por cada vez mais pessoas. Quando escutamos e reconhecemos alguma música, nosso fluxo sanguíneo e oxigenação aumentam automaticamente em nosso cérebro e O RITMO, A HARMONIA, A SINCRONIA, A RESSONÂNCIA e A DISSONÂNCIA acabam de fazer o restante do serviço.

Alguns exemplos são as músicas tristes (normalmente em Tom Menor), que tendem a criar vontade de consumir algo imediatamente, para preencher o vazio sentimental que essa música deixou em nós. Algumas músicas também têm progressões de acordes que inspiram uma continuação automática em nosso cérebro, que nos provoca a sensação de saciedade e consequentemente nos trazem uma felicidade instantânea.

Portanto, existem músicas que tocam a todos da mesma maneira, mas nada é mais importante do que o entendimento que cada música tem seu momento e que sensações diferentes serão criadas com a sequência musical correta. Já que você aprendeu mais sobre como você criar sua playlist, é possível você criar uma playlist para você pegar a estrada em uma longa viagem, uma playlist motivadora para você treinar na academia ou até mesmo uma playlist para você usar na hora H e criar um clima especial. Além disso, a playlist certa também pode promover um aumento nas suas vendas, como uma playlist que as pessoas relacionem as músicas a você como DJ, seja como uma playlist que faz as pessoas relacionarem as músicas à sua marca.

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