Na onda das Inteligências Artificiais, nosso blog traz um apanhado de como essa revolução tecnológica pode ajudar nas carreiras de artistas musicais. Falamos sobre Direitos Autorais, novidades na Indústria e IAs que podem impactar a carreira de músicos e outros profissionais da indústria.

Por: Luiz Gusttavo
Imagem gerada por Inteligência Artificial mostra um robô tocando para uma multidão de pessoas.
Já imaginou um robô agitando sua festa? – Imagem gerada Leonardo.AI

Elas vieram para ficar! As Inteligências Artificiais sempre estiveram por aí, seja em algoritmos de redes sociais, jogos que se adaptam ao jogador, ou mesmo em Softwares programados para otimizar tarefas, a vários anos convivemos com elas. Porém nos últimos meses, principalmente, houve uma grande explosão de IAs, dando a impressão que todos os dias, uma nova é lançada ou atualizada para se tornarem cada vez mais inteligentes. A mais famosa é sem dúvidas o ChatGPT, aqui na Canora ele é praticamente um funcionário, ajudando em tarefas da rotina como planejamentos e até serviços mais pessoais como prescrição de dietas. O sucesso desse Modelo de Linguagem foi tanto que gigantes como o Google, resolveram segui-lo, fazendo nascer o Bard. Para profissionais do Marketing, as possibilidades são infinitas, temos geradores de imagem automatizados, como o Leonardo e até a Adobe fez sua própria IA com o Photoshop Beta, a vida dos designers nunca foi tão fácil.

Na música, não é diferente, o avanço das inteligências artificiais, também facilitou a vida de muita gente, a Amper Music, por exemplo, oferece recursos para geração, composição e criação de músicas autorais, com acesso a plataformas de streaming e é muito utilizado para criação de trilhas sonoras para Podcasts, Vídeos entre outros. Segundo o site Music Business Worldwide, apenas a plataforma de música Mubert, teria gerado mais de 100 milhões de tracks livres de direitos autorais. Outro recurso amplamente utilizado são os geradores de vozes, como fez o produtor Ghostwriter, com a música Heart on my Sleeve, utilizando a voz do cantor Drake, a música foi publicada até em plataformas como o Spotify, de onde demorou alguns dias para ser derrubada. The Weeknd, Rihanna e outros artistas também viram suas vozes serem duplicadas por Inteligências Artificiais.

E os Direitos Autorais

Na Europa e nos Estados Unidos, já existem leis tramitando entre as autoridades para regulamentar Direitos Autorais em músicas criadas por inteligência artificial. Em junho deste ano, o Parlamento Europeu votou pelo AI Act, que regulamenta a presença de diversas tecnologias de Inteligência Artificial entre os países da União Européia. Uma parte desta lei inclui um requisito para que os desenvolvedores de IAs divulguem o uso de materiais protegidos por direitos autorais ao treinar seus modelos. Ou seja, as músicas utilizadas por desenvolvedores no treinamento de suas IAs, devem ser amplamente divulgadas, porém não é proibido. Algumas gravadoras estão pressionando o Poder Legislativo por regras mais rígidas, ou seja, ainda não é um ato definitivo, podemos ver uma regulamentação diferente na Europa. Nos Estados Unidos, existem algumas leis tramitando que podem proteger os Direitos autorais de artistas, e as gravadoras já estão articulando seus lobbies pela aprovação delas. Será interessante acompanhar o desenrolar destes casos, esperamos que as leis definam que humanos e máquinas possam conviver em paz na Indústria Musical, para que possamos aproveitar dessa nova tecnologia, sem prejudicar outros players de nosso mercado.

IAs Musicais

Por falar em aproveitar as novas tecnologias, preparamos algumas dicas de como a Inteligência Artificial pode ajudar os músicos atualmente. Fizemos uma compilado das melhores IAs para músicas e trilha sonoras, que podem otimizar trabalho de músicos e produtores. 

Amper Music: Falamos dela anteriormente, através da inteligência artificial, esta plataforma cria músicas customizadas em minutos. Basta o usuário informar o gênero, o tempo, e outras características da música para que ela seja criada.

MuseNet: O irmão artista do ChatGPT, é a criação da OpenAI, que permite criar músicas com até 10 instrumentos diferentes, além de combinar estilos e artistas. A plataforma se adaptou descobrindo novos padrões de harmonia, ritmo e estilo, até prevendo em alguns momentos como as músicas se portam, criando por uma rede neural músicas inéditas.

Mubert: Uma plataforma colaborativa única que combina músicos com IA, criando músicas com inteligência artificial, porém com um tempero humano. Amplamente utilizada por criadores de conteúdo e desenvolvedores de aplicativos, a própria plataforma, licencia as músicas isentas de royalties. Além disso, produtores musicais podem contribuir com samples para as produções.

Moises: Autodenominado O App do Músico, essa aplicação usa a Inteligência Artificial para separar vozes a instrumentos em uma música, permitindo por exemplo retirar um instrumento de uma música para treiná-la apenas com os outros. É um recurso muito utilizado por produtores musicais para utilizar instrumentos isolados em suas tracks.

 

Como toda tecnologia ao longo da história da humanidade, as Inteligências Artificiais também podem ser utilizadas para o bem ou para o mal, cabe aos seres humanos saber como extrair o que há de melhor de cada uma delas. No meio artístico elas podem ser grandes aliadas daqueles que souberem como amplificar seus conhecimentos, se tornando uma importante ferramenta de trabalho. E você? O que espera desses recursos? Como você pretende utilizar os robôs para otimizar seu trabalho? E como acha que será o futuro do mercado musical com essa recente revolução? Deixe nos comentários suas expectativas e receios sobre essa área.

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